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Yakuza: Like a Dragon é o retorno da famosa franquia e com uma abordagem diferente, ampliando basicamente tudo que conhecemos nos games.

O jogo está agora chegando na PS Plus do mês de agosto de 2022 e, afinal, vale a pena jogar?

Confira abaixo nossa análise completa.

Um game completo

Sim, Yakuza: Like a Dragon é um jogo completo e que eleva a franquia já amada, de um jeito muito positivo.

Temos a história de Kasuga Ichiban, um novo protagonista e que traz um tom interessante para o game, balanceando um bom humor com a clássica pancadaria que já conhecemos. Ichiban nasce e se cria basicamente sozinho em Kamurocho, cidade principal do game e da franquia, onde ali desenvolve uma grande relação com Masumi Arakawa, entrando com o tempo para o chamado clã Tojo.

Kasuga se envolve de fato com as causas do seu grupo e acaba sendo preso por uma situação bem drástica que ocorre na trama, passando assim 18 anos recluso até que pudesse voltar ao mundo conhecido.

Neste momento já se nota uma abordagem de narrativa interessante em Like a Dragon, afinal, temos quem era um jovem despreparado e ainda entrando para um submundo, o qual depois de muitos anos preso tem que aprender a se virar justamente de onde parou.

Reprodução/SEGA

Já com uma idade avançada e sem ter o que perder, vamos assim trilhar nossa trajetória. Um aspecto maravilhoso deste Yakuza é a liberdade que o game nos dá, seja com a exploração do mundo ou com as inúmeras atividades secundárias. Parece de fato que estamos em uma grande cidade japonesa, mas iremos falar mais disto a frente.

Continuando a falar da história e progressão do jogo, temos um forte apelo à amizade como um pilar narrativo. Assim como Kasuga, os nossos amigos do game são pessoas que não tem muito para onde correr, mas que com uma boa índole e com o objetivo de ir atrás de uma grande organização mafiosa (a qual fez mal para cada um deles), se unem pelo mesmo objetivo. Essa relação de amizade é super bem elaborada e temos momentos que são bem proveitosos, assim como bem humorados.

Este segundo aspecto, o humor, é muito utilizado no game. Para jogar Like a Dragon, lembre-se de entrar na experiência de forma descompromissada e descontraída, afinal, é um jogo muito leve e engraçado. Apesar de apresentar bons gráficos e que simulam uma cidade real, o game realmente "viaja" em várias das suas abordagens.

Homens fortes vestidos de bebês, super poderes o tanto quanto inusitados, apostar corridas catando latinhas, golpes especiais como um lutador distribuindo rosas, entrar em combate contra uma escavadeira... O jogo não tem limites!

Mas, dentro deste universo, faz sentido. Faz sentido pelo fato de ser o jogo mais absurdo e ao mesmo tempo, completo da franquia, o qual não teve medo de abusar e conseguiu atingir um nível de qualidade realmente alto.

Reprodução/SEGA

Falando agora sobre a gameplay, temos o combate por turnos, sem ter um controle "total" dos personagens durante a ação. Para quem não conhece, é aquele tipo de combate em que você escolhe entre atacar, defender ou consumir um item, por exemplo. A partir disto, as opções se ramificam e vira um confronto estratégico, o que é bem legal. Para um visitante de primeira mão neste tipo de jogabilidade pode parecer um pouco estranho, mas é possível se adaptar facilmente.

O jogo oferece várias missões para se realizar em uma cidade com o mapa bem vasto, o qual pode ser explorado em cada canto. Existe uma boa verticalidade, ou seja, vários locais tem diferentes andares e portas para avançar, sendo um mapa muito maior do que se apresenta apenas no papel.

Vale muito a pena fazer "de tudo um pouco" no game, afinal isto também recompensa sua gameplay. Durante os combates, é preciso estar forte e sempre melhorar os poderes, situações possíveis na maioria das vezes ao evoluir os personagens a partir do que se faz no mundo. É possível terminar o game seguindo apenas a história principal? Sim, mas é um jogo feito para que se aproveite tudo de maneira mais ampla.

Por sinal, é uma longa experiência. Realizando uma gameplay que varie entre as missões secundárias (não todas) e complete-se a história principal, a média é de que se gaste algo em torno de 50 horas, pelo menos.

A narrativa é longa e bem construída durante todo esse tempo de jogo, contendo dramas bem interessantes de se acompanhar. Também, sobre as ditas atividades secundárias, existem várias opções, como realizar provas para melhorar suas habilidades, escolher sua profissão, participar da bolsa de valores e quase tudo que puder imaginar.

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Vale a pena?

Yakuza: Like a Dragon vale muito a pena e merece muita atenção de todos os jogadores, independente se serem fãs do estilo ou da franquia.

Foi o jogo em que mais me senti, de fato, em uma grande cidade e com opções do que podia realizar. Os personagens são bem desenvolvidos e a chegada de Kasuga foi muito benéfica, prometendo um futuro brilhante para a franquia já consagrada.

Sim, é um jogo diferente, mas como citamos, é preciso jogar de maneira descompromissada e desligar um pouco do realismo que estamos acostumados a ver na grande maioria dos games.

O grande número de missões secundárias, as atividades cotidianas e a longa história fazem com que seja uma experiência bem divertida. O upgrade para nova geração é gratuito, o que também é ótimo e deixou o jogo com um desempenho ainda melhor, além de mais bonito.

Sem dúvidas, vale a pena testar e entrar neste universo.

Positivo
  • Muitas opções do que fazer
  • Boa história
  • Bem humorado
  • Um ótimo futuro para a franquia
Nota 9


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