Wild Hearts trouxe uma proposta diferente para o conhecido gênero de games de caçada, prometendo algumas boas novidades.
O game atingiu as expectativas? Confira a nossa análise completa a seguir.
Agradecemos a EA pelo envio do código do game.
Atrás dos kemonos
Wild Hearts, como já dito na sua proposta, é um game de caçadas, o que já existe na consagrada franquia Monster Hunter.
Apesar de não querer falar de Monster Hunter diretamente aqui, na verdade se torna impossível. Até mesmo o próprio jogo reconhece isso, quando uma de suas frases de divulgação é “experimente um novo jeito de caçar”.
Enfim, fato é, existia um desafio grande para Wild Hearts visto que sua concorrência se tratava de uma franquia aclamada. Foi complicado acompanhar.
O jogo se passa em Azuma, uma terra do Japão Feudal a qual foi invadida pelos chamados kemonos. Kemonos são as criaturas do game, as quais devemos caçar e, assim, reestabelecer a ordem do local.
A premissa é simples e apesar de termos longos diálogos e até um desenvolvimento narrativo, não avança muito do que foi citado. O jogo foca bastante na gameplay e no que podemos fazer.
Sendo assim, temos as cartas de Wild Hearts na mesa: Caçar kemonos e usar os chamados “karakuris”.
Os karakuris são estruturas ancestrais que podem ser usadas como armas, ferramentas, torres, locais de apoio, de tudo um pouco. Esse é o grande diferencial do game para Monster Hunter, mas aparentemente não foi suficiente para impressionar.
Tais estruturas funcionam do seguinte modo, por exemplo: Você pode construir caixotes e subir em uma parede mais alta; é possível criar uma torre para rastrear kemonos; durante os combates, você pode criar as caixas, trampolins e outros itens para obter melhores resultados.
Acontece que, ao meu ver, isso não ornou tão bem com a gameplay. Basicamente, se tornou uma mistura de Monster Hunter com Fortnite, o que não é ruim, mas é esquisito.
Enfrentar uma espécie de javali de 30 metros de altura, utilizando uma espada e, ainda, se preocupar em construir estruturas para obter maiores danos ou esquivas, não me parece uma ideia muito adequada.
Mesmo assim, funciona. Não tive dificuldades em avançar no game e obtive um bom desempenho, com os kemonos sendo mais resistentes do que difíceis em si.
A propósito, o modo coop pode lhe ajudar caso tenha dificuldades. No mundo do game, temos diversos portais onde podemos ajudar outros jogadores e, quando estamos enfrentando uma das grandes criaturas, podemos solicitar ajuda, ficando assim na espera de alguém entrar durante a luta.
A conexão se mostrou estável, sem quedas ou travamentos.
O jogo inclusive também se mostrou ok na parte técnica, mas sem impressionar muito. Jogando no modo desempenho, os visuais do game não são ruins ou mal feitos, inclusive, a proposta gráfica de cada game deve ser avaliada de modo separado, mas ele tem o jeito de um jogo da geração passada.
Novamente em comparativo, Monster Hunter World me parece mais bonito, polido, denso e imersivo do que Wild Hearts. Até aí você pode pensar “mas é um excelente game, a comparação não é válida”. Ok. Porém, o jogo citado é de 2018, ou seja, 5 anos atrás…
Os cenários apresentação boa variação, com ambientes diversos. Também, existe boas opções de personalização do personagem, principalmente durante a criação.
Dois pontos negativos me chamaram atenção em sua desenrolar. O primeiro é de que o personagem é mudo e, em 2023, isso é realmente chato. Os diálogos ficam muito monótonos e acaba se tornando uma tarefa árdua acompanhar todos, visto que são em sua maioria longos.
Outro ponto é de que constantemente temos telas de loading, saindo de cutscenes, diálogos e novos locais. Essas telas tem um período considerável e isso trava um pouco a fluidez do game. Na nova geração, fazia tempo que não passava por isso.
O jogo dura de 25 a 30 horas em sua campanha principal, podendo ser bem expandido. É notável, inclusive, que é gostoso explorar o mundo do game, o qual sempre tem itens para coletar e pontos para interagir.
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Vale a pena?
Wild Hearts é um bom game, mas não se destacou. Alguns aspectos técnicos e a falta de originalidade fazem com que o jogo seja o tanto quanto “normal”.
Se você é fã de games de caçada e se animou com a proposta, não vai ser deixado na mão. Ele cumpre bem sua função.
Entretanto, caso esteja esperando por um jogo de alto nível ou uma experiência imersiva, acho que vale a pena esperar um tempo e algumas novidades que devem surgir em breve, com novos conteúdos já programados.
- Desenvolvedora: Koei Tecmo e Omega Force
- Publisher: Electronic Arts
- Plataformas: PlayStation 5, Xbox Series X e Series S, Microsoft Windows
- Review feito no: PS5
- Bom combate
- Diferentes criaturas
- Longa duração
- Faltou originalidade
- Limitado