Estamos nos aproximando de vez da temporada de prêmios de 2021, com novidades das grandes celebrações muito em breve. Entre essa e a próxima semana deveremos ter os indicados a Jogo do Ano da The Game Awards e no final do mês, ocorre a Golden Joystick Awards.
Mas para falar de prêmios, sempre é interessante analisar alguns dos marcos da indústria e The Last of Us Part II é um deles.
A trajetória de The Last of Us Part II
Mais do que outros games, The Last of Us Part II tem uma história de superação grande no que diz respeito à sua aclamação. Entre altos e baixos, o início do foi conturbado, como uma montanha russa.
Uma semana antes do lançamento, o jogo chegou a ser o mais bem avaliado exclusivo Playstation, alcançando a média 96 no Metacritic, a qual depois cairia para os 93 de hoje. O momento de êxtase se manteve, mas logo na estreia, uma grande review bomb colocou o jogo com uma nota menor do que 30 para o público.
Os motivos eram vários, mas ao mesmo tempo não eram justos com o game. As críticas populares foram na base de haters, pessoas que não gostaram da decisão narrativa e outras que queriam simplesmente “trollar”. Até hoje é o jogo com mais reviews do público, um total que ultrapassa 150 mil e a partir desse movimento, o Metacritic passou a liberar análises populares apenas dias após o lançamento.
Mesmo com tudo isso, o jogo passou pelos problemas e obteve as conquistas no futuro.
Os feitos e como se tornou o mais premiado
Com tamanha turbulência, o final de ano era de muitas dúvidas, mas The Last of Us Part II foi sublime nos prêmios. Na Golden Joystick Awards e na The Game Awards conquistou não somente os prêmios de Jogo do Ano como também quebrou o recorde de estatuetas em uma só noite.
Os prêmios continuaram e em janeiro o game se tornou o mais premiado da história, ultrapassando o super sucesso The Witcher 3. Mais a frente nesse ano, conseguiu a marca de 300 GOTY’s, o que antes nunca havia sido alcançado e hoje se mantém nesse posto de liderança.
E como o jogo da Naughty Dog se tornou o mais premiado? Muito por ter convicção do que queria.
Mesmo com o conhecimento de que tal turbulência era possível, o estúdio se manteve firme nas suas decisões e acreditou no projeto. Também, não teve pressa em lançar o jogo sem de fato estar pronto nos mínimos detalhes, com inclusive alguns adiamentos. Tal cuidado foi de extrema importância, visto que visualmente o game ainda é um dos mais bem feitos até hoje mesmo com a chegada da nova geração.
Não menos importante, a representatividade é necessária nos dias atuais. Ainda mais da forma como colocada no game, personagens como Ellie e Abby serão, sem dúvidas, marcos para o desenvolvimento de outras figuras que irão aparecer.
São vários os pontos fortes e é super interessante analisar uma obra que vai bem na narrativa, nos gráficos, na crítica e nas vendas. Parece cada vez mais raro, mas quando acontece, jogos assim merecem ser enaltecidos, assim como Zelda: Breath of The Wild, Red Dead Redemption II e o citado The Witcher 3. Todos, em seus anos e propostas, conseguiram de alguma forma sair da zona de conforto e produzir algo incrível. No caso de The Last of Us Part II, o resultado foi ser o mais premiado da história.
As principais premiações estão chegando e promete ser um ano sem um grande favorito aos prêmios. Com certeza acompanharemos de perto essas disputas.