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A série de The Last of Us chegou e trazemos aqui uma análise completa do primeiro episódio, o qual foi ao ar ontem pela HBO.

Confira a review na sequência.

ATENÇÃO PARA SPOILERS

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Reprodução/HBO

Havia muita expectativa sobre como seria o primeiro episódio da série de The Last of Us, afinal, as adaptações do mundo dos games não costumam ser muito positvas.

É um fato histórico. Basicamente, todas as grandes produções de games que foram para outra mídia acabaram por não dar certo, com a recente série de Resident Evil sendo um bom exemplo disso.

A estranha decisão de alguns diretores quererem realizar algo próprio em uma adaptação causa o que temos visto na indústria, com produções que não são bem aceitas nem pela crítica e nem pelo público.

De todo modo, não foi o caso de The Last of Us, a qual trouxe em seu primeiro episódio uma qualidade incrível como teria que ser: Uma adpatação.

Reprodução/HBO

O game de 2013 tem bases muito fortes, seja nos personagens, na história ou no próprio ambiente relatado. Dito isto, trazer a mística daquele universo para a série seria muito importante, e conseguiram.

Pedro Pascal trouxe uma versão de Joel que sentimos ser o personagem dos games, muito bem interpretado. No momento inicial da trama, mais jovem e em 2003 (novo ciclo temporal, visto que no game o surto ocorre em 2013), temos um personagem leve e brincalhão, como mostra-se no início do game também.

Sarah, interpretada por Nico Parker, também ganhou camadas interessantes, sendo um dos destaques desse primeiro episódio. Foi possível ver mais da ligação de ambos, mostrando ser um pai e filha muito próximos.

A série não hesita em ser intensa e logo menos temos o início do surto. Aliás, a maneira como o caos vai tomando conta aos poucos é bem realista, ou seja, temos as rádios comentando, polícia nas ruas e tudo isso aumentando.

O primeiro infectado trouxe uma novidade: Fungos saindo da boca. É um conceito interessante e que era uma ideia inicial do conceito do game, a qual acabou por não ir para os jogos, mas foi para a série.

O momento em que Sarah, Joel e Tommy saem em fuga de carro é simplesmente idêntica ao jogo, sendo realmente muito nostálgico acompanhar. Aliás, o sentimento de nostalgia se mistura com alegria, curiosidade e tensão pelo momento, tão bem retratado.

Passando para mais a frente, as camadas da cidade onde Joel vive são muito mais densas e temos a ideia de um mundo corrompido, triste, assim como Joel já descrente de tudo, 20 anos mais velho. Sua parceira, Tess, Anna Torv, também é mais sombria do que no game.

Reprodução/HBO

A então chegada de Ellie, interpretada de maneira excelente por Bella Ramsey, foi de roubar a cena de todo o episódio. Para quem tinha dúvidas sobre a atriz no papel da protagonista, em questão de 1 minuto qualquer incerteza já foi por água abaixo. Ao ver Bella, vi Ellie em sua essência, não dispensando o seu jeito levado e com muitos, muitos palavrões.

A trama segue bem até o final do longo episódio, com mais de 1 hora e 20 minutos, trazendo pontos importantes do game e novamente, com bastante fidelidade.

Tal fidelidade faz com que estejamos esperando que determinadas coisas aconteçam, mas, ao mesmo tempo, o medo de uma surpresa está presente.

“Ao ver Bella, vi Ellie em sua essência, não dispensando o seu jeito levado e com muitos, muitos palavrões.

A aclamação da crítica e público por The Last of Us não somente é justa como muito promissora. A expectativa pelos próximos episódios fica em alta, pois, devemos ter uma qualidade considerável por vir.

Entre ser fiel ao game, trazer mudanças interessantes que não alteram a essência, as atuações e todo o ambiente, tivemos, sem dúvidas, um primeiro episódio que foi perfeito para os fãs, mas também como uma produção única em si.

Positivo
  • Adaptação perfeita
  • Ótimos pontos de introdução
  • Mudanças interessantes, mas leves
Nota 10