A Rockstar Games, estúdio responsável por Grand Theft Auto 6 (GTA 6), foi acusada de realizar demissões de dezenas de funcionários ligados a atividades sindicais em escritórios no Reino Unido e no Canadá.
De acordo com uma reportagem da Bloomberg publicada na sexta-feira (31), entre 30 e 40 colaboradores teriam sido desligados recentemente, levantando suspeitas sobre possíveis práticas antissindicais dentro da empresa.
O caso ganhou repercussão após o Independent Workers’ Union of Great Britain (IWGB) afirmar que todos os demitidos participavam de um grupo sindical privado no Discord.
A entidade alega que as dispensas teriam ocorrido por motivação política, configurando uma tentativa de impedir a organização dos trabalhadores.
Em comunicado, o presidente do IWGB, Alex Marshall, classificou as demissões como “um dos atos mais descarados e cruéis de repressão sindical na história da indústria de games”.
O sindicato acusou a Rockstar de agir intencionalmente para enfraquecer o movimento sindical e de violar leis trabalhistas britânicas que garantem o direito de associação e representação coletiva.
A Take-Two Interactive, controladora da Rockstar Games, negou as acusações.
Em resposta enviada à Bloomberg, o porta-voz Alan Lewis afirmou que as demissões ocorreram “por má conduta grave, e por nenhum outro motivo”, reforçando que a empresa apoia a forma como o estúdio conduz seus processos internos.
A polêmica ocorre em meio ao desenvolvimento de GTA 6, um dos jogos mais aguardados dos últimos anos.

O título tem lançamento previsto para 26 de maio de 2026, com versões confirmadas para PlayStation 5, Xbox Series X e Series S. A versão para PC ainda não foi anunciada oficialmente, mas é esperada em um momento posterior.
Não é a primeira vez que a Rockstar é alvo de críticas relacionadas às condições de trabalho. No início de 2024, o IWGB já havia contestado a decisão da empresa de exigir o retorno presencial integral dos funcionários, cinco dias por semana.
A desenvolvedora justificou a medida por motivos de segurança e confidencialidade, especialmente após o vazamento de vídeos internos de GTA 6 em 2022.
O episódio reacende o debate sobre o ambiente laboral na indústria dos games, marcado por denúncias de crunch, pressão corporativa e crescente organização sindical.
Nos últimos anos, estúdios de grandes empresas como Microsoft, Activision Blizzard e Sega também enfrentaram questionamentos semelhantes sobre direitos trabalhistas e condições de produção.
Até o momento, a Rockstar Games não se manifestou publicamente sobre as demissões além da declaração oficial à imprensa.
Fonte: Voxel






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