Jogos com profundidade e sentimento são raros, entretanto costumam de vez em quando aparecer para nós. Digo, inclusive, que games indies costumam ter mais esse aspecto, de grande “sentimento” em seu desenvolvimento. Sem dúvidas um exemplo disso é o recém lançado Omno, uma experiência super interessante.
Do que se trata Omno
Omno é uma experiência única, que se assemelha em alguns pontos a Journey e Rime. Desse modo, nota-se que é um game indie, de visual abstrato e que sua gameplay acontece através da resolução de puzzles. Com a ideia inicial dada, é interessante adentrar no mundo de Omno.
Definitivamente, o jogo entrega uma experiência profunda e que balança o player. Enquanto muitos jogos tem inúmeros diálogos sem acrescentar muita coisa, Omno consegue puxar a atenção de quem está jogando sem uma única fala. Toda sua disposição e história de dão através de fragmentos que estão no cenário.
A história por sinal é interpretativa, entretanto seu núcleo é muito bem explorado. O foco fica em torno de uma busca por um portal, que pode significar simplesmente uma passagem ou uma transformação, uma evolução… Isso se deixa em aberto, mas apenas jogando para entender o que é entregue.
Um conjunto de acertos
Já de antemão, que fique claro: Omno acerta basicamente em tudo que oferece.
O jogo tem uma trilha sonora magnífica. Pelo falo de não haver qualquer diálogo, a música do game era um elemento fundamental e conseguiram que de fato tivesse essa importância. Percebe-se, em momentos de exploração, uma trilha sonora leve, relaxante. Já em momentos de deslumbre, a música acompanha o sentimento que estamos vivenciado e não somente isso, intensifica. É uma jornada instrumental maravilhosa.
Ao mesmo tempo, o cenário do jogo é belo. Anteriormente dito como uma experiência de arte muito bonita, o jogo entrega uma ótima variação de cenários e elementos.
Entre tantos ambientes, podemos vivenciar florestas, desertos, montanhas nevadas e outros biomas. Todos estes com bastante identidade e elementos próprios.
Por exemplo, animais que se encontram na neve não estão presentes na floresta, assim como sons e os formatos dos puzzles. Além disso, as criaturas são únicas! Criadas somente para o game, tem referências dos animais que conhecemos, mas nenhuma de fato reproduz um ser vivo conhecido. São, de toda forma, artísticas e estilizadas, o que deixa a experiência muito curiosa.
Uma relaxante gameplay
É um aspecto importante entender sobre a gameplay de Omno. Como já dito, o jogo se assemelha a outros indies e para quem os conhece vai entender bem. Porém, mais do que os citados, este game expande o leque de opções.
Durante o progresso, novas habilidades são fornecidas. É possível esquiar, dar um “impulso”, flutuar, entre outras ações que são bem divertidas na jogatina.
Também, como na imagem, são áreas grandes de exploração. Com isso, saibam que não é uma jornada totalmente linear. Podemos explorar, por exemplo, um ambiente inteiro em busca de todos os objetivos dele. O jogo também faz com que possamos aproveitar o cenário e isso é cativante, pois é feito de maneira leve e estimulante. Por mais que tenha uma curta duração, funciona extremamente bem nesse período de 3 horas.
Omno entregou um bom conteúdo de puzzles. Tudo que o jogo colocou no seu desenrolar é bem feito e não trava os jogadores, com um nível de dificuldade justo, mas desafiador.
A conclusão
Vale a pena jogar Omno, sendo fã de games indies ou não. O jogo colocou a prova que um estúdio menor pode entregar um game de qualidade e com bastante profundidade. O fato de ter ótima trilha sonora, uma gameplay leve, belos cenários e desafios acessíveis sem dúvida fazem dele um jogo altamente recomendado.
Está disponível para PC, Xbox One e PS4.
- O jogo tem uma arte belíssima
- Gameplay fluída e fácil de se adaptar
- Trilha sonora emocionante
- O jogo poderia promover mais ação dentro da sua proposta