Last Stop tem boa premissa, mas falha em aspectos primordiais. Para um game da sua temática, de escolhas, é muito interessante ver a forma como trataram de acontecimentos do cotidiano. Entretanto, a quantidade enorme de diálogos e falta de peso nas decisões pecam.
O cotidiano retratado
Retratar o cotidiano é muito difícil e ao mesmo tempo interessante. Entretanto, tratar isso em um jogo de uma maneira inteligente costuma ser difícil. Em Last Stop, é tudo muito “real”. Problemas como uma correspondência errada, sair escondido com os amigos ou um relacionamento conflituoso, tudo se faz presente de maneira natural no game.
Contrastando com isso, temos o mistério principal do jogo, que foge totalmente da realidade. Inclusive, a trama é composta através deste mistério. Entre portais e suspeitas alienígenas, os personagens principais se interligam por algo maior do que estamos habituados.
São seis capítulos independentes e um único, o sétimo, que junta todos os personagens. A gameplay dura, em média, 5 horas.
Um jogo de escolhas ou uma animação interativa?
Last Stop tem uma como sua gameplay o sistema de escolhas, ou seja, interação em diálogos. Em suma, durante a maior parte do game o que resta para os jogadores é escolher entre 3 respostas para conversas. Algumas poucas escolhas mudam o trajeto da história e é aqui que começa o problema principal.
O jogo não tem ação. É complicado lidar com o jogo por algumas horas quando as ações são limitadas em apenas ler e responder diálogos. Ainda, o jogo faz com que não tenha muita mudança a partir do que você escolhe. Por exemplo, o jogo te dá 3 opções, como dito anteriormente. Entretanto, qualquer resposta dada resulta na mesma sequência. Não há peso nas poucas interações que temos na gameplay.
A trama, contudo, até que carrega o jogo. Não é uma narrativa muito profunda ou complexa, mas ainda sim consegue chamar a curiosidade de quem está jogando.
Conclusão
Last Stop consegue ser minimamente chamativo na história e tem uma boa construção de personagens, mas para por aí. O jogo tem uma gameplay muito para e falta de tudo um pouco: Ação, peso na interação e profundidade.
Algumas coisas poderiam ser melhores. Mesmo jogos de escolhas como Life is Strange, tem momentos de ação e tensão. Realizar um jogo de diálogos onde são 5 horas somente disso, torna tudo muito chato, parado. Foi uma ideia boa, que se o estúdio melhorar no futuro pode sair um game interessante.
- Boa construção de personagens
- Cotidiano bem retratado
- Faltou mais ação
- Escolhas tem pouquíssimo peso
- Monótono demais