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Dois anos após seu lançamento, Elden Ring retorna com sua expansão, Shadow of the Erdtree, que surpreende pelo seu tamanho considerável: são cerca de 30-40 horas para explorar todo o Reino Sombrio e derrotar todos os chefes, incluindo os opcionais.
A maior originalidade da expansão vem do novo mapa e de sua maior verticalidade. Se isso já era digno de elogios em Elden Ring, aqui se destaca ainda mais. Muitas vezes, você se encontrará olhando para uma parte do terreno no horizonte sem saber como chegar lá. O design de níveis é intrincado e bem feito, e muitas vezes tudo que você precisa fazer é continuar seguindo sua jornada e seus instintos para inevitavelmente chegar lá.
Essa verticalidade e o incentivo à exploração do mundo aberto são os grandes destaques da DLC e onde a maioria das horas de jogo é gasta. Diferente do jogo base, não há muitos complexos a serem explorados. Ao contrário das Terras Intermédias, que tinham castelos enormes e complexos que lembravam o criativo design de níveis dos jogos anteriores da FromSoftware, o mapa do Reino Sombrio tem pouco disso.
Os novos inimigos
Falando em chefes, a DLC traz vários novos inimigos. O destaque vai para Messmer, o Empalador, mais um dos filhos da Rainha Marika. Porém, é importante notar que aqueles que esperam de Messmer uma grande dificuldade, podem se decepcionar. Apesar de oferecer uma batalha muito satisfatória, Messmer é relativamente fácil de derrotar, especialmente para os jogadores bem familiarizados com o jogo.
Em termos de criatividade, as coisas ficam mais complexas ao considerar os inimigos comuns que permeiam o mapa. Percebe-se facilmente que são todos os mesmos inimigos do jogo base, diferenciados apenas por uma nova aparência. Essa reutilização já era esperada em um jogo dessa magnitude, mas é surpreendente quando o jogador consegue identificar a versão de cada inimigo na expansão, sem exceção. Da mesma forma, o Reino Sombrio não se destaca visualmente, pois reutiliza muitos dos assets das Terras Intermédias.
Menor exploração em ambientes fechados
Ao contrário do jogo-base, os castelos presentes na expansão parecem quase vazios, com caminhos óbvios e poucos corredores, podendo ser concluídos rapidamente. Isso é especialmente decepcionante na última área, onde, apesar da expectativa construída até que o jogador finalmente acesse, há pouca ou nenhuma exploração e leva diretamente à porta do boss final em questão de minutos.
A expansão também reintroduz as boas e velhas missões dos NPCs, com seus diálogos misteriosos e ambíguos. Todas estão relacionadas aos seguidores de Miquella, o bondoso, figura mencionada várias vezes no jogo base. Algumas dessas missões são interessantes, mas seu desfecho geral também contribui para a sensação de que o final foi apressado.
Vale a pena?
Para aqueles que jogaram Elden Ring e desejam experimentar a DLC, vale mencionar que há certas especificidades para acessá-la. Para entrar no Reino Sombrio, é necessário derrotar dois chefes opcionais nas Terras Intermédias: o Flagelo Estelar Radahn e Mohg, o Lorde do Sangue. Após derrotá-los, você pode iniciar a DLC na arena de batalha de Mohg, tocando no braço definhado que emerge de um casulo.
Em resumo, apesar de faltar um pouco da criatividade presente no jogo base, é evidente que Shadow of the Erdtree vale a pena. Talvez seja injusto esperar que a expansão inove em todos os aspectos, considerando a obra-prima que Elden Ring é desde o lançamento, mas faltaram elementos que o tornassem mais memorável.
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- Desenvolvedora: FromSoftware
- Publisher: Bandai Namco
- Plataformas: PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S, Xbox One, PC
- Review feito no: PlayStation 5
- - Mapa com maior verticalidade
- - Muitas horas de gameplay
- - Ambientes parecidos com o do jogo base
- - Inimigos pouco originais ou memoráveis
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