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Rebecca Heineman, cofundadora da Interplay Productions e nome influente na criação de séries como Fallout, Wasteland e Baldur’s Gate, morre aos 62 anos, segundo confirmação publicada por amigos e colegas próximos.

A desenvolvedora enfrentava um câncer, cujo diagnóstico havia sido compartilhado publicamente.

A informação foi divulgada por sua amiga Heidi McDonald, que publicou um comunicado no BlueSky afirmando que Heineman “faleceu” e pedindo que sua trajetória não fosse esquecida. A autora destacou o impacto da pioneira na indústria global de jogos e a admiração de quem acompanhou sua carreira.

rebecca heineman morre
Imagem: Instagram

Em uma página do GoFundMe criada após o diagnóstico, Heineman descreveu seu legado como “a primeira campeã dos videogames”, lembrando vitórias em torneios como o campeonato nacional de Space Invaders, em 1980, quando tinha apenas 14 anos.

A campanha segue ativa para auxiliar sua família nos custos do funeral e demais despesas.

Em mensagem escrita no dia 17 de novembro, considerada sua despedida pública, Heineman afirmou que os médicos haviam encerrado as possibilidades de tratamento.

No texto, ela pediu doações para financiar um funeral que homenageasse “meu teclado, Pixelbreaker”, e declarou que agora faria “uma entrada triunfal para me reunir com meu único e verdadeiro amor, Jennell Jaquays”. Sua filha, Cynthia Elizabeth Heineman, foi responsabilizada pela organização dos preparativos.

Com trajetória marcada por autodidatismo e engenharia reversa, Heineman acumulou créditos em jogos decisivos para o desenvolvimento da indústria de RPGs e títulos de computador nas décadas de 1980 e 1990.

Entre suas criações estão The Bard’s Tale 3: Thief of Fate, Dragon Wars e projetos conduzidos durante sua passagem pela Interplay. Ela deixou o estúdio em 1995, buscando trabalhar novamente em equipes menores. Mais recentemente, atuava como CEO do estúdio Olde Sküül.

Em entrevista ao Women in Gaming: 100 Professionals of Play, em 2024, Heineman destacou Bard’s Tale 3 como um divisor de águas em sua carreira, citando a possibilidade de liderar uma equipe e tomar decisões criativas como fator decisivo para sua evolução profissional.

Heineman recebeu em 2025 o Gayming Icon Award, reconhecimento por sua atuação em defesa da inclusão LGBTQ+, acessibilidade e diversidade na tecnologia. A homenagem destacou sua influência sobre novos desenvolvedores e sua atuação como mentora.

O cofundador da Interplay, Brian Fargo, lamentou publicamente a morte da colega, descrevendo Heineman como “uma das programadoras mais brilhantes” com quem trabalhou e lembrando o início da convivência entre ambos nos anos 1980.

Outros nomes da indústria, como Rami Ismail e Josh Sawyer, também publicaram homenagens ressaltando sua generosidade e contribuição para o setor.

Fonte: IGN Brasil