O novo título da franquia da Nintendo, Pokémon Legends: Z-A, lançado em 16 de outubro para Nintendo Switch e Switch 2, tenta modernizar a fórmula clássica da série com batalhas em tempo real, mas falha em apresentar uma experiência completa.
Apesar da proposta de renovação, o jogo mantém a estrutura tradicional e carece de ousadia, deixando a sensação de um projeto incompleto e pouco inspirado.
Continuação indireta de Pokémon Legends: Arceus (2022), o game segue a linha paralela da franquia principal, cujo último lançamento foi “Scarlet & Violet”. Em “Z-A”, os jogadores retornam à cidade de Lumiose, cenário introduzido em Pokémon X & Y (2013).
A decisão de ambientar toda a aventura em uma única metrópole restringe a exploração, característica marcante dos títulos anteriores. Embora a verticalidade da cidade traga uma leve inovação, o resultado é um ambiente cinza, pouco dinâmico e repetitivo, dificultando a imersão.
A principal novidade é o sistema de batalhas em tempo real, que substitui o tradicional combate em turnos.
O jogador continua selecionando golpes e criaturas, mas agora cada ataque possui um tempo de recarga, incentivando o uso de estratégias de fortalecimento e defesa. A ideia oferece mais fluidez e dinamismo, porém sofre com problemas técnicos e falhas de execução.
Durante os confrontos, bugs e limitações de cenário prejudicam o ritmo das batalhas. Em alguns casos, os pokémons são arremessados para fora das áreas de combate ou ataques atravessam os adversários, comprometendo a estratégia.
Essas falhas indicam falta de refinamento na implementação da nova mecânica, que, embora promissora, ainda carece de ajustes para alcançar o potencial desejado.
No enredo, Pokémon Legends: Z-A rompe parcialmente com a estrutura clássica de desafios de ginásios e rivais fixos. Em vez disso, o jogador sobe gradualmente em um sistema de ranking, que vai da letra Z até A, simbolizando o progresso como treinador.
A ideia é criativa, mas sofre com inconsistências narrativas e decisões abruptas, como saltos forçados na progressão que quebram o ritmo da história.
Outra tentativa de resgatar o interesse dos fãs é o retorno das mega evoluções, ausentes em títulos recentes. O recurso traz nostalgia, mas não é suficiente para compensar a ausência de profundidade e de inovação estrutural.
Elementos adicionais, como o menu de formação de equipes, são pouco aproveitados e nem sempre funcionam dentro da campanha principal, reforçando a impressão de ideias não finalizadas.
Apesar dos problemas, Pokémon Legends: Z-A ainda entrega o essencial para os fãs: batalhas, colecionismo e a nostalgia das criaturas clássicas.
No entanto, a falta de ousadia e de polimento técnico impede que o título avance significativamente dentro da franquia. O resultado é que Pokémon Legends Z-A tenta inovar, mas permanece preso ao conservadorismo da série.
Fonte: G1






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