Após a venda da EA Games por US$ 55 bilhões, começam a surgir informações sobre os planos dos novos controladores da empresa.
De acordo com reportagem do Financial Times, o grupo formado pelo fundo soberano saudita PIF, a gestora Silver Lake e a Affinity Partners pretende apostar em IA generativa como principal estratégia para reduzir custos operacionais e acelerar o pagamento de um empréstimo de US$ 20 bilhões contraído para viabilizar a aquisição.
Segundo a publicação, os compradores utilizaram US$ 36 bilhões de capital próprio, complementando o valor da transação com financiamento do JPMorgan Chase Bank.
Fontes internas ouvidas pelo jornal afirmam que o consórcio vê a automação por IA como peça fundamental para aumentar os lucros da EA nos próximos anos e, dessa forma, administrar a dívida de forma mais eficiente.
“O consórcio aposta que os cortes de custos baseados em IA aumentarão significativamente os lucros da EA”, apontou o Financial Times.
A reportagem classifica a operação como “uma aposta enorme de que a inteligência artificial pode reduzir significativamente os custos operacionais da EA, permitindo que o consórcio administre uma dívida elevada em uma empresa que, historicamente, possuía passivos líquidos limitados”.

A Electronic Arts é dona de franquias bilionárias como Battlefield, The Sims e EA FC (antigo FIFA). A aquisição, além de ser uma das maiores da história da indústria dos games, reforça o apetite de investidores por companhias do setor de entretenimento digital. De acordo com o Business Wire, os acionistas da EA receberão dos novos donos US$ 210 por ação, valor 25% superior à última cotação da empresa em bolsa.
Em comunicado, o CEO Andrew Wilson declarou que a venda abre caminho para acelerar a inovação, expandir a presença global da EA e ampliar investimentos em esportes e entretenimento digital. Ele também confirmou que não haverá mudanças na liderança executiva da empresa após a transação.
A operação é considerada a segunda maior da história dos games, ficando atrás apenas da compra da Activision Blizzard pela Microsoft, finalizada em 2023 por US$ 75 bilhões.
O movimento reforça a tendência de consolidação do mercado, com grandes grupos buscando diversificar e fortalecer sua presença na indústria de jogos eletrônicos.
Fonte: Omelete
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