A convite da Ubisoft tivemos a oportunidade de jogar Far Cry 6, esperado título de ação/aventura que chega no mês de outubro deste ano. Agradecemos a oportunidade recebida em antecipado e falamos agora um pouco sobre tudo que vivenciamos nas mais de cinco horas de gameplay.
Uma gameplay brutal e frenética
Far Cry 6 promete ser o jogo mais ambicioso da franquia em vários aspectos. Mais a frente falaremos sobre os aspectos de mapa e mundo aberto do jogo, que também são impressionantes, mas a princípio falar das mecânicas e combate se faz necessário.
Primeiramente, o gunplay do game está ótimo. Gunplay nada mais é do que o uso das armas e a qualidade de como as mesmas se comportam. Existem jogos onde o tempo de reação é lento, ou não se tem diferença de peso de arma para outra, tudo isso são aspectos que contam. Em Far Cry 6, tudo isso funciona bem e as armas são um dos muitos pontos fortes dessas primeiras impressões.
Existe um ótimo tempo de reação por mais que ainda não seja o produto final. Também, a diferença de uma arma para outra é notável e isso é muito importante. Dependendo do peso da arma, sua movimentação se altera, por exemplo. Também, é possível sentir o peso do que está utilizando, sendo uma gameplay mais leve com armas pequenas, como pistola, ou mais pesada com grandes metralhadoras.
Mas não são só os tiros que chamam a atenção na brutalidade. As armas brancas tem execuções incríveis! Existe, é claro, uma opção de tirar o sangue do game, deixando menos gráfico, mas a violência expositiva é sensacional. São várias as armas brancas disponíveis e todas apresentam execuções diferentes. Tudo ao mesmo tempo que bem explícito é super realista e tem uma grande atenção aos detalhes, como o cenário e roupas se sujando em meio a ação.
A qualidade no combate se mantém no ritmo do jogo. Muito intenso e sem deixar a fluidez cair, Far Cry 6 apostou em uma pegada de bastante ação nas missões, promovendo encontros com vários inimigos mas tudo bem balanceado. No total de 6 missões principais realizadas em um primeiro momento, não teve uma única que tenha sido mais cadenciada ou sem graça. Todas super intensas no ritmo certo, prendendo o jogador naquele universo.
O coop também manteve a mesma pegada, visto que ele ocorre no jogo normal. Ou seja, seguem as missões principais mas em conjunto. É possível pedir ajuda e ajudar os colegas, bem como realizar ações diferenciadas, como por exemplo um pilotar o carro e outro utilizar a metralhadora do veículo. A conexão foi muito estável e fácil de ser realizar, o que dá indícios de que no game, em outubro, o modo cooperativo deve funcionar super bem.
De fato o mundo mais vasto da franquia
A franquia Far Cry sempre apresentou mapas extensos e belos gráficos, mas ao que parece o jogo de número 6 dessa série elevou o nível.
Falando antes dos gráficos, imaginei que por ser via streaming haveria um desempenho mediano, não sendo possível se impressionar, ainda mais por conta do game não estar finalizado. Me enganei. O jogo está muito bonito in-game. Toda a vegetação, iluminação, reflexos e diferentes ambientes estão muito bem retratados, com um nível de qualidade excelente.
Já no seu mundo aberto, mais um ponto positivo. Far Cry 6 conseguiu fazer o mundo mais interativo que já vi na franquia, ainda que não seja sua versão final. Tanto em cidades quanto em regiões de mata, notei inúmeras ações de NPC’s, mesmo que estes não fossem o foco do momento. As estradas estão sempre movimentadas, os vilarejos e centros de cidades com muitas interações e há um bom nível de respostas desses personagens. Por exemplo, ao dar um tiro ou apontar a arma, as ações são sempre realizadas de um modo inteligente e não tão artificial. Tudo é bem orgânico.
Existem muitas opções de locomoção no game. É claro, com um mapa tão grande e cheio de diferenças de cenário, como ilhas, montanhas e estradas, os meios de transporte teriam de se adaptar e o jogo também apresentou boa variedade. É possível utilizar:
- Vários tipos de carros/caminhões
- Barcos
- Helicópteros
- Cavalo
- Para-quedas
- Wingsuit
- Viagem rápida
Um detalhe a parte que deixo aqui sobre o último ponto, de viagem rápida, é de que não vale a pena utilizar a mesma. O mapa e as atividades são muito proveitosas e vale a pena percorrer os trajetos para ver o que surge no caminho. Claro, hora ou outra será útil uma viagem rápida, mas essas transições valem ouro.
Por fim, a conclusão quanto ao mundo aberto é que está bem melhor, seja visualmente ou na IA. O mais impressionante é estar assim antes do lançamento e na proporção que se dá no game, o que é realmente animador.
Muita customização e diversão
A história do game tem sido muito contada nos trailers, então já existe um bom background quanto a esse tema, entretanto a temática de um país em guerra pela ditadura e o protagonista ser membro de um grupo de revolução são importantes para esse tema de “customização e diversão”.
Far Cry 6 incrivelmente tem aspectos fortes de RPG. Esses aspectos são notados nos itens e aprimoramentos que temos no game, assim como a exploração que é incentivada. É possível encontrar e aprimorar:
- Chapéus
- Capacetes
- Máscaras
- Casacos
- Coletes
- Camisetas
- Calças
- Bermudas
- Calçados
- Luvas
- Pulseiras
Diria, inclusive, que há mais itens. É realmente uma infinidade! E o interessante é que aparentemente isso vai fazer com que tenha um bom fator replay, por conta de que muda completamente a gameplay. É possível formar um kit bem defensivo o qual vai te deixar com menos leveza e dano, bem como um conjunto de velocidade mas que você ficará mais vulnerável.
O jogo contém momentos em terceira pessoa, o que faz com que seja possível ver o seu personagem em cutscenes e no menu, por exemplo. Com isso, além dos aprimoramentos e o uso efetivo das roupas/equipamentos, o aspecto estético também conta.
As armas passam pela mesma customização e melhoria. Todas, em seus inúmeros tipos, podem ter suas pinturas modificadas, adereços colocados e mudanças como na mira e empunhadura. Além disso, a criação está sensacional, com as armas feitas “manualmente” chamando muita atenção pelo seu aspecto original e único. Armas de choque, lança-chamas cheio de fitas adesivas e a famosa “atiradora de discos” dão uma identidade bem única a Far Cry 6.
Outro ponto muito diferente são as armas que carregamos nas costas. O chamado “especial” é carregado automaticamente e existem vários tipos, desde os foguetes mostrados em trailer até uma bomba de vida, ondas de choque e ataques com fumaça.
Mas não são só das armas que o jogo é divertido. Os diálogos são muito divertidos e sempre tem um humor bem dosado, sem forçar a barra. Entretanto, ainda sim o jogo tem um trunfo, que são os parceiros animais. Segue a última das listas que postamos sobre o game, esta com os animais disponíveis como aliados:
- Cão pequeno (dos trailers)
- Cães de grandes porte
- Galo
- Crocodilo
- Onça
Ao menos na demonstração, foram esses os mostrados. Tivemos a oportunidade de jogar principalmente com o crocodilo e os comandos são bem legais. É possível coordenar o animal para atacar, se movimentar a tal ponto e distrair inimigos. Os diferentes animais tem diferentes ações e utilidades únicas, sendo sempre interessante alternar.
Far Cry 6 promete ser incrível
O feedback final é este. Far Cry 6, em mais de 5 horas de gameplay e com uma diversificação imensa tanto nas missões quanto nos cenários parece ser um game grandioso. Ao pensar que ainda há tempo de polimento antes do lançamento, deveremos ter um resultado muito positivo para a franquia.