Se tem uma coisa que nunca envelhece é a sensação de juntar os amigos ou primos para jogar videogame lado a lado. Antes da era do online, quando cada um joga da própria casa, a magia acontecia no sofá da sala, com cabos atravessando o chão, controles emprestados e muita gritaria a cada vitória ou derrota. E é impossível não lembrar dos grandes clássicos do Super Nintendo, PlayStation 1 e Nintendo 64, que marcaram gerações e criaram memórias inesquecíveis.
Super Nintendo — diversão simples e viciante
No Super Nintendo, por exemplo, era comum passar tardes disputando partidas de Street Fighter II, tentando provar quem dominava melhor o Hadouken. Ou então rindo com os caos das fases de Bomberman, quando alguém acabava se prendendo na própria bomba. E quem nunca virou a madrugada com os primos jogando Super Mario Kart, disputando para ver quem conseguia atravessar a Rainbow Road sem cair mil vezes?

O SNES foi onde muitos viveram suas primeiras experiências multiplayer. Mesmo com controles mais simples, a diversão era inesquecível:
- Bomberman — explosões caóticas e estratégia para prender os amigos nas fases cheias de blocos. Nada mais divertido do que ver alguém se trancar sozinho.
- Street Fighter II — disputas clássicas que decidiam quem era o “rei do bairro”. Sempre tinha briga por quem pegava o Ryu primeiro.
- Super Mario Kart — o início de uma franquia lendária, com pistas coloridas e batalhas de casco vermelho.
- International Superstar Soccer Deluxe — famoso pelo narrador gritando “Goooool do Brasil!”, era o jogo de futebol oficial dos churrascos de família.
- Teenage Mutant Ninja Turtles IV: Turtles in Time — beat ‘em up cooperativo que transformava qualquer tarde em pancadaria de pizza e nostalgia.
- Donkey Kong Country — alternando os controles, cada fase era um desafio. Sempre tinha aquela hora que o primo passava a fase que você não conseguia.
- Killer Instinct — rival direto do Mortal Kombat, onde combos infinitos geravam tretas eternas.
PlayStation 1 — clássicos competitivos e cooperativos
Já no PlayStation 1, o clima mudava para algo mais competitivo. Lembro bem de colocar o CD de Winning Eleven e ver a sala se transformar em uma zona que quase acordava a família toda. Fora os duelos intermináveis de Tekken 3, onde sempre tinha aquele primo que sabia todos os combos do Eddy Gordo e deixava a gente furioso. E quando cansávamos de lutar, a diversão continuava em corridas frenéticas no Crash Team Racing, cada pista rendendo piadas até hoje.
O primeiro PlayStation também tinha ótimas opções para jogar de galera, seja dividindo tela ou passando o controle:
- Crash Team Racing (CTR) — rival direto de Mario Kart, com pistas desafiadoras e batalhas de arena. Quem sabia usar o turbo no drift sempre levava vantagem.
- Tekken 3 — um dos maiores jogos de luta da geração, perfeito para campeonatos improvisados. Sempre tinha o primo que só sabia apertar todos os botões com o Eddy Gordo e ainda assim ganhava.
- Winning Eleven — precursor da série PES, reinava absoluto nas partidas de futebol. Lembro das disputas eternas Brasil x Argentina que viravam campeonato do bairro.
- Bomberman Party Edition — explosões caóticas em 2D ou 3D, com partidas rápidas e traições garantidas.
- Twisted Metal 2 — guerra de carros com armas malucas, onde a graça era explodir os amigos antes da linha de chegada.
- Tony Hawk’s Pro Skater 2 — alternando o controle, todos tentavam bater recordes de manobras e sempre tinha alguém que errava no último segundo do combo.
- Medal of Honor: Underground — FPS de tela dividida que muita gente jogava escondido à noite, porque os pais achavam violento demais.
Nintendo 64 — a era das noites em claro com multiplayer local
Por fim, o Nintendo 64 trouxe talvez a maior revolução: o multiplayer para quatro jogadores. Era praticamente obrigatório ter controles extras para não deixar ninguém de fora. Mario Party era o dono absoluto das tardes, e até hoje dá para lembrar das discussões sobre quem roubou na corrida jogando casco azul na última curva. O mesmo valia para as disputas em GoldenEye 007, onde a tela dividida fazia todo mundo espiar o canto do outro. E claro, teve também quebrar o pau em Super Smash Bros.
O N64 foi um dos grandes reis dos jogos de sofá. Até quatro pessoas podiam jogar juntas sem precisar de acessórios extras, e alguns títulos marcaram gerações:
- Mario Kart 64 — corridas frenéticas, itens caóticos e muita risada nas disputas de balão. Quem nunca brigou com o amigo que soltou o casco azul na última curva?
- Super Smash Bros. — a estreia da franquia que botava Mario, Link, Pikachu e companhia no ringue. Batalhas que começavam amigáveis e terminavam em briga por controle.
- GoldenEye 007 — referência em FPS multiplayer local, com cenários icônicos e duelos épicos na tela dividida. Até hoje tem gente que não perdoa quem escolhia o Oddjob (por ser baixinho e apelão).
- Pokémon Stadium 1 e 2 — mais do que batalhas de Pokémon em 3D, os mini games eram a verdadeira festa: corridas de Rattata, Clefairy repetindo comandos no ritmo e aquela competição de bater casca de ovos com o Chansey.
- Mario Party 2 e 3 — o auge da zoeira. Ninguém esquecia quando alguém roubava estrelas no último turno e estragava amizades.
Esses jogos não eram apenas uma forma de se divertir — eram capítulos da nossa infância. Eles juntavam primos, amigos e até vizinhos na sala de casa, criando memórias que iam muito além da tela.