A Microsoft anunciou o encerramento oficial do suporte ao Windows 10 para 14 de outubro de 2025.
Após essa data, o sistema operacional deixará de receber atualizações de segurança gratuitas, correções de falhas e assistência técnica.
A mudança afeta milhões de usuários globalmente, com computadores que continuarão funcionando, mas se tornarão mais vulneráveis a ataques cibernéticos e incompatibilidades com softwares e hardware modernos.
O fim do suporte representa um risco direto à segurança dos dispositivos.
Sem as atualizações de segurança regulares, os PCs estarão expostos a malwares, vírus e outras ameaças que poderiam ser neutralizadas pelas correções da Microsoft.
A vulnerabilidade não se restringe a usuários domésticos. Empresas que mantiverem computadores com o sistema desatualizado podem descumprir normas de proteção de dados, como a LGPD e a ISO 27001, sujeitando-se a multas e penalidades.
Além dos riscos de segurança, a falta de suporte impactará a compatibilidade do sistema.
Aplicativos, navegadores e jogos recentes podem deixar de funcionar corretamente na versão desatualizada, e novos acessórios podem não ser reconhecidos.
Programas como os do pacote Microsoft 365 continuarão operacionais até 10 de outubro de 2028, mas com um risco crescente de instabilidade e falhas.
Eventuais travamentos ou problemas de desempenho que surgirem após o fim do suporte não terão correção oficial da Microsoft.
Fim do suporte ao Windows 10
A manutenção de sistemas sem suporte também se torna mais complexa e cara.
A ausência de atualizações automáticas exige que usuários e departamentos de TI busquem soluções manuais para corrigir falhas, elevando os custos de suporte e aumentando o risco de interrupção nas operações.
O ataque global do WannaCry, em 2017, serve como um alerta. Na ocasião, falhas em versões antigas do Windows permitiram que o vírus paralisasse milhares de computadores em todo o mundo, afetando serviços essenciais, como hospitais.
Para evitar os riscos, usuários têm algumas opções. A principal recomendação é migrar para o Windows 11, caso o computador atenda aos requisitos mínimos de sistema.
Essa verificação pode ser feita nas configurações do Windows. Para máquinas incompatíveis, a Microsoft oferece o programa ESU (Extended Security Updates), que fornece atualizações de segurança críticas por um período limitado e com custo.
A adesão ao programa, que garante suporte até 13 de outubro de 2026, tem o valor inicial de US$ 30 por dispositivo no primeiro ano.
Outras alternativas incluem a migração para sistemas operacionais de código aberto, como o Linux Mint ou ChromeOS Flex, que podem ser instalados em máquinas mais antigas e continuam a receber suporte.
Para quem prefere um novo equipamento, a opção mais segura é adquirir um computador já com o Windows 11 instalado de fábrica.
Enquanto a transição não é concluída, a recomendação é reforçar a segurança do Windows 10 com antivírus atualizados e backups frequentes em nuvem ou dispositivos externos.
É crucial que usuários e empresas estejam cientes dos riscos e comecem a planejar a transição o quanto antes, pois a falta de suporte técnico e de atualizações de segurança pode ter consequências graves.
Fonte: Estadão
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