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A Nintendo tem sido alvo de debates na indústria de games por adotar medidas controversas, como o aumento de preços de seus jogos.

Em meio a esse cenário, o compositor e ex-desenvolvedor da Capcom, Masakazu Sugimori, saiu em defesa da empresa, argumentando que essas decisões impopulares são, na verdade, benéficas para o mercado.

Ele defende que a Nintendo assume uma liderança que outras empresas menores não conseguem.

Em uma publicação na rede social X, Sugimori afirmou que a Nintendo deveria ser respeitada por cobrar US$ 80 em alguns de seus jogos. Para ele, essa medida é um passo necessário para proteger a indústria e garantir a sustentabilidade do setor.

A declaração do compositor ressalta a visão de que a empresa age como um “exemplo” em um mercado que precisa de ajustes de valores para se manter competitivo e lucrativo.

Sugimori também abordou a decisão da Nintendo de adotar os cartuchos Game-Key, que servem como chaves de ativação para cópias digitais.

Embora reconheça o risco de os jogadores perderem o acesso a seus jogos se os servidores forem desativados, ele defende que a mídia digital tem uma durabilidade muito maior do que as mídias físicas.

Para o ex-desenvolvedor, essa escolha também traz vantagens para os estúdios, evitando o investimento em mídias de armazenamento que correm o risco de ficarem encalhadas em estoque.

Outro ponto polêmico que Sugimori defendeu foi o encerramento dos serviços online em consoles antigos da Nintendo. Para ele, essa atitude é uma forma de deixar claro que uma geração de consoles chegou ao fim, incentivando os desenvolvedores a se dedicarem a hardwares mais recentes.

O compositor argumenta que, embora a medida possa parecer prejudicial aos consumidores, ela cria novas oportunidades e gera o trabalho de adaptação de títulos antigos para plataformas mais novas.

A visão de Sugimori, que trabalhou em jogos como Breath of Fire IV e Ghost Trick: Phantom Detective, é considerada idealista por ele mesmo. No entanto, sua defesa da Nintendo traz um novo ponto de vista para o debate sobre as práticas da empresa e seu impacto no mercado de jogos.

Fonte: Adrenaline