A Techland parece estar fazendo um bom trabalho com Dying Light: The Beast. Com nota 78 tanto no PC quanto no PS5 (no último com menos análises, mas ainda assim suficiente para indicar tendência), o novo título tem sido bem recebido — elogios à narrativa, ao combate e aos elementos que lembram (no bom sentido) os primeiros Dying Light.
Mas, como sempre, um número médio não conta toda a história. Vamos destrinchar o que está brilhando… e o que pode deixar a desejar.
O que tá legal?
Primeiro: há um sentimento claro de que a Techland revisitou suas raízes. Muitos críticos apontam que The Beast resgata a atmosfera de tensão, de exploração vertical e de perigo constante que fizeram sucesso nos primeiros jogos. O combate também voltou com força — mais visceral, com mecânicas que recompensam quem domina parkour e movimentação.
Outro ponto alto é a narrativa. A expectativa estava alta, pois sustentar uma trama envolvente em um mundo pós-apocalíptico cheio de zumbis ou mutantes nem sempre é simples. Pelo que se vê, a missão de dar peso à história está cumprida: personagens com motivações mais claras e ambientes que ajudam a ambientar bem sem depender só de sustos ou quebra-paus.
Os pontos negativos segundo a crítica
Claro que nem tudo são flores. Algumas avaliações apontam que o mundo aberto está “sem graça” em certos momentos — ou seja, embora visualmente competente ou suficientemente grande, ele peca em oferecer hábito de exploração ou variedade de cenários. Quando você anda muito e vê muito parecido, a sensação de monotonia pode surgir.
Há também o modo “Fera” — nova adição que prometia trazer algo extra. Alguns críticos acharam que ele não entregou tanto quanto o esperado, ficando atrás em termos de interesse ou inovação. Pode ser que não atenda quem busca algo diferente dos modos padrão de zumbis/parkour.
Onde The Beast pode realmente brilhar — ou tropeçar
Acredito que Dying Light: The Beast tem potencial para ser um dos melhores da série, especialmente se entrega o que promete em termos de narrativa + combate + movimento livre. A Techland, ao que parece, aprendeu bastante com os erros dos títulos anteriores — e quem acompanha sabe que ajustar IA de inimigos, balanceamento de parkour e variedade de missões não é nada trivial.
Mas há riscos reais: se a exploração for rasa, se os ambientes começarem a soar repetitivos; se as novidades como “modo Fera” não tiverem relevância real ou diferencial, muitos jogadores podem acabar achando que The Beast é só “mais um” com visual bonito. E, em jogos desse estilo, imersão e sensação de novidade importam demais.
E para os fãs: o que esperar?
Se você é fã da franquia, prepare-se para reviver muitos dos elementos que tornaram Dying Light especial: saltos frenéticos, perseguições, sustos, desafios de mobilidade urbana pós-apocalíptica. Mas esteja pronto também para ser crítico: acompanhe não só gráficos e efeitos, mas como o jogo mantém a tensão, se as missões variam de verdade, se o mundo aberto é vivido ou apenas cenário.
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