Houve um tempo em que criar continuações diretas era a norma no entretenimento. Embora isso ainda aconteça muito com filmes, livros e séries de TV, os videogames funcionam de maneira um pouco diferente. Quanto mais vaga for a ideia de uma sequência, mais fácil será brincar com a linha temporal. Super Mario Bros e The Legend Of Zelda são dois exemplos de franquias em que a ordem cronológica pouco ou nada importa.
Quem também funciona dessa forma é Metroid, com cada novo jogo se passando em um período diferente, que pode ser no passado ou no futuro. Mas claro, ainda assim estamos falando de uma mesma linha temporal, então ainda é possível organizar os jogos da série de uma forma cronológica.
Metroid/Zero Mission (1986/2004)
Lançado pela primeira vez no NES e depois refeito para o GameBoy Advance, este jogo inicia a cronologia da franquia Metroid. Segue as aventuras de Samus Aran em um planeta chamado Zebes enquanto ela tenta caçar a Mother Brain. O jogador controla Samus, que começa com defesas e habilidades limitadas, mas recolhe powerups enquanto explora o planeta alienígena.
Ele introduziu vários elementos que se tornariam padrões na série, como o Space Pirates, a coleta de upgrades para a armadura e o próprio Metroid. Ele também contém um dos maiores momentos dos games de todos os tempos quando o misterioso herói mascarado é revelado como uma mulher.
Metroid Prime (2002)
Considerado uma mudança drástica na série, Metroid Prime ainda ganhou muitos elogios. Em vez de ser um jogo de plataforma 2D, era um jogo de tiro em primeira pessoa 3D. Ele segue Samus Aran enquanto ela investiga um sinal de socorro que a leva em uma jornada para impedir que uma força perigosa se espalhe.
Apesar da nova perspectiva, Samus ainda se movimenta bem, mesmo Metroid Prime dando maior ênfase ao uso de armas de fogo. Foi uma aventura em uma escala muito maior que deu aos fãs uma visão melhor sobre o universo Metroid, Samus e até mesmo os próprios Metroids.
Metroid Prime: Hunters (2006)
Marcando a estreia da série no Nintendo DS, Hunters adicionou mais personagens e fez Samus parecer menos sozinha neste universo. Começa com uma mensagem misteriosa pedindo para quem recebe-la, rastrear um poder misterioso. Samus e vários outros caçadores de recompensas ouvem esta mensagem e partem para reivindicá-la.
Este jogo testou as capacidades do DS usando também uma perspectiva de tiro em primeira pessoa. Fazia uso da segunda tela para exibir constantemente o HUD e até oferecia um modo multiplayer com suporte para chat de voz.
Metroid Prime 2: Echoes (2004)
Continuando a partir do Prime, Echoes dá uma guinada mais sombria na série. Ele segue Samus enquanto ela investiga uma misteriosa dimensão alternativa escura em um planeta instável. Isso levou a confrontos com criaturas semelhantes a colmeias, indivíduos possuídos e o doppelganger malvado de Samus, Dark Samus.
Outra aventura em primeira pessoa, este título introduziu novos mundos para explorar e novos poderes para Samus usar tanto no modo single-player quanto no multiplayer. Além disso, Dark Samus causou tanto impacto que ela apareceria em jogos posteriores e até mesmo na série Super Smash Bros.
Metroid Prime 3: Corruption (2007)
Continuando com Echoes, Corruption retorna ao conflito de Samus com seu clone maligno. Ao tentar destruir um Metroid Phazon, Samus e os outros caçadores são atacados por Dark Samus. Embora eles consigam lutar e cumprir sua missão, Samus revelou ter sido envenenada pela energia de Dark Samus e que ela está crescendo lentamente dentro dela.
Samus recebe a capacidade de usar isso a seu favor e parte para destruir fontes dessa energia nos planetas afetados. Você encontrará muitos monstros com mutação de Phazon enquanto Samus tenta remover o Phazon de dentro de si.
Metroid Prime: Federation Force (2016)
Lançado para o 3DS, Federation Force se concentrava principalmente no multiplayer. Neste jogo, quatro jogadores devem trabalhar cooperativamente para derrotar inimigos e cumprir missões. É conhecido por focar mais em tiro e combate do que em plataformas e exploração.
Ao invés de seguir conflitos com Phazon ou Metroids, este título era sobre a Federação Galáctica tentando parar os Space Pirates de uma vez por todas. É também o primeiro jogo da série em que os jogadores não jogam como Samus, mas como fuzileiros navais de diferentes cores. Como resultado de todas essas mudanças, houve uma recepção mista.
Metroid II: Return Of Samus/Samus Returns (1991/2017)
Outro combo clássico e remake, o primeiro foi lançado no NES e se remake no 3DS. Outro jogo de plataforma 2D, o game enfatizou a exploração, backtracking, salto e tiro. Seguindo os eventos do primeiro jogo, um significado maior é colocado nos Metroids e na ameaça que eles representam para a galáxia.
Metroid II também explora a relação agridoce de Samus com a espécie, quando um salvou sua vida anteriormente. Embora o remake tenha mantido o plano de plataforma 2D do original, ele recebeu gráficos 3D com controles atualizados.
Super Metroid (1994)
O primeiro e único título Metroid a ser lançado no SNES, esse continua sendo uma das mais bem aclamado de toda a franquia. Após a decisão de Samus de não matar um bebê Metroid em sua última aventura, ela o entrega para ser estudado em uma colônia em desenvolvimento. A pesquisa produz resultados positivos, mas um sinal de socorro rapidamente chama Samus de volta.
Samus descobre que o bebê Metroid foi sequestrado por Ridley, um inimigo recorrente e líder dos Space Pirates, e o persegue de volta a Zebes. Outro jogo de plataforma 2D, você luta contra os piratas e contra a vida selvagem alienígena apenas para confrontar a Mother Brain mais uma vez.
Metroid: Other M (2010)
Desenvolvido pela Team Ninja e lançado para Wii, Other M leva a série em uma direção diferente. Até agora, Samus sempre foi vista como o tipo forte e silenciosa e por isso este jogo tentou caracterizá-la mais. No entanto, isso fez com que o personagem se sentisse excessivamente vulnerável e até mesmo incompetente.
Além disso, é o primeiro jogo Metroid a usar uma perspectiva de terceira pessoa para acomodar os controles de movimento do Wii. A caracterização pobre de Samus, jogabilidade estranha e queda na qualidade gráfica são apenas algumas das razões pelas quais este jogo foi massivamente criticado.
Metroid Fusion (2002)
O primeiro Metroid a ser lançado no GameBoy Advance, Fusion introduziu uma nova ameaça para Samus enfrentar. Durante uma missão de vigilância, a caçadora é infectada por algo chamado de Parasita X. Como resultado, ela quase morre, mas é salva por uma vacina feita com o bebê Metroid que ela salvou.
Depois de ver que o parasita fundiu parte de seu traje com seu corpo, Samus vai investigar um incidente em um laboratório espacial. Este jogo de plataforma 2D incluiu muitos novos tipos de inimigos, chefes e até mesmo outro inimigo doppelganger chamado SA-X.
Metroid Dread (2021)
Sendo o primeiro jogo Metroid a estrear no Switch, Dread está voltando para a plataforma e exploração dos jogos dos consoles antigos da Nintendo. Samus retorna ao plano 2D com gráficos 3D em uma história que segue diretamente de onde Fusion parou.
Ele se concentra no que aconteceu com Samus e as espécies Metroid após sua fuga da estação de pesquisa. Esta nova aventura a leva a um novo planeta conhecido como ZDR, onde a caçadora de recompensas enfrenta elementos robóticos perigosos, bem como quaisquer outras criaturas hostis que encontrar.
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