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Call of Duty: Black Ops 7 chegou ao mercado com visual aprimorado e produção de grande escala, mas enfrenta críticas contundentes pela ausência de novidades significativas, especialmente na campanha e no modo multijogador.

Lançado para PC, PS5 e Xbox Series X|S, o jogo foi analisado por especialistas que apontam falhas estruturais, decisões de design controversas e uma experiência que mantém padrões antigos sem propor avanços.

A campanha é o ponto de maior contestação. O título apresenta missões concebidas para cooperação, mas que são executadas de forma solitária, criando inconsistências narrativas e de jogabilidade.

Jogadores relatam que as cenas cinemáticas mostram uma equipa completa, enquanto o combate ocorre apenas com o protagonista. Além disso, o jogo exige conexão permanente aos servidores, mesmo no modo solo, o que provoca interrupções frequentes em caso de instabilidade de internet.

A falta de checkpoints funcionais obriga a reiniciar missões inteiras, o que tem sido considerado inadequado para um lançamento de 2025.

No modo multijogador, a principais críticas em relação a Call of Duty: Black Ops 7 recaem sobre a dependência do “mais do mesmo”. A Treyarch implementou o chamado Omnimovimento, que adiciona mobilidade ampliada e saltos acrobáticos, mas o recurso foi avaliado como caótico e pouco estratégico.

Jogadores apontam que, apesar de ajustes de velocidade e novas animações, a experiência é semelhante à de títulos anteriores. O SBMM continua a gerar insatisfação por criar partidas extremamente competitivas, mesmo com a promessa de redução no rigor do sistema.

O jogo oferece 16 mapas 6v6 no lançamento, além de dois cenários maiores para confrontos 20v20. A variedade foi bem recebida, mas especialistas afirmam que isso não compensa a sensação geral de continuidade excessiva.

Armas, progressão e personalizações seguem um padrão tradicional, com novidades consideradas superficiais.

O modo Zombies recebeu a recepção mais positiva, especialmente pelo mapa Ashes of the Damned, descrito como um dos maiores já criados para a modalidade. O uso da Ol’ Tessie como ferramenta móvel de progressão e os novos inimigos, como Zursa, enriquecem a experiência.

No entanto, há críticas ao HUD sobrecarregado e ao aumento da complexidade, que afasta o modo da fórmula clássica.

Em desempenho, o jogo apresenta melhor resultado no PC e desempenho sólido na PS5 Pro, enquanto a Xbox Series X sofre quedas perceptíveis de resolução em 120 Hz. As cinemáticas permanecem como o destaque visual, mas o conjunto geral não representa um salto geracional.

Com uma campanha considerada desconexa, multijogador pouco inovador e Zombies ambicioso, mas irregular, Call of Duty: Black Ops 7 chega ao mercado sob a percepção de que entrega conteúdo reciclado e sem identidade própria.

Fonte: Eurogamer.pt