O lançamento de Avatar: Fogo e Cinzas, terceiro filme da franquia criada por James Cameron, marca uma nova fase para a propriedade intelectual ao apostar na integração direta entre cinema e videogame.
Além da estreia do longa nas salas brasileiras, a saga também chega às casas do público por meio de uma expansão do jogo “Avatar: Frontiers of Pandora”, desenvolvida pela Ubisoft, consolidando o universo como um ecossistema de entretenimento multiplataforma.
O trailer final do novo filme foi divulgado nesta semana pela 20th Century Studios, reforçando o início da campanha de lançamento.
A produção mantém o uso do 3D, tecnologia que ajudou o primeiro “Avatar”, em 2009, a se tornar a maior bilheteria da história do cinema. Agora, a franquia amplia seu alcance ao alinhar o calendário do cinema com o dos consoles e PCs.
A estratégia foi apresentada em Los Angeles, nos estúdios da Lightstorm Entertainment, produtora de James Cameron responsável por títulos como “Titanic”, “Exterminador do Futuro” e “Alien”.
A visita incluiu a exibição de mais de 13 minutos de cenas inéditas de “Avatar: Fogo e Cinzas” e encontros com equipes envolvidas tanto no filme quanto no desenvolvimento do jogo.
Segundo os produtores, a proposta não é lançar um produto licenciado desconectado da narrativa principal. A expansão de “Avatar: Frontiers of Pandora”, jogo lançado há dois anos, foi desenvolvida como uma continuação direta, inspirada nos acontecimentos do novo longa.
O conteúdo adiciona novos territórios, amplia o mapa de Pandora e introduz um novo grupo: o Povo das Cinzas, descrito como uma facção mais agressiva e violenta dentro do universo da franquia.
No game, os jogadores podem escolher entre visão em primeira ou terceira pessoa, explorando ambientes de mundo aberto que reproduzem a fauna, a flora e os cenários apresentados no cinema.
A Ubisoft destaca que a expansão foi pensada para aprofundar a imersão e permitir dezenas de horas adicionais de narrativa interativa, algo que o formato cinematográfico não comporta sozinho.
O lançamento simultâneo dialoga diretamente com o peso da indústria de games, que movimenta cerca de US$ 190 bilhões por ano globalmente.
No Brasil, o cenário é ainda mais expressivo: mais de 80% da população consome jogos digitais, consolidando o país como o maior mercado da América Latina e um dos mais relevantes do mundo.
Para uma franquia do porte de “Avatar”, alinhar cinema e videogame significa ampliar audiência, engajamento e presença cultural.
A iniciativa reforça uma tendência do entretenimento contemporâneo, em que grandes marcas disputam a atenção do público com streaming, redes sociais e jogos digitais.
Ao tratar o game como extensão da narrativa oficial, “Avatar” busca oferecer experiências complementares e manter o público conectado ao universo de Pandora por mais tempo.
“Avatar: Fogo e Cinzas” chega aos cinemas com a promessa de expandir a saga visualmente.
Paralelamente, a expansão de “Avatar: Frontiers of Pandora” posiciona o videogame como peça central na estratégia de longo prazo da franquia, unindo cinema e interatividade em um mesmo projeto narrativo.
Fonte: CNN Brasil
