Call of Duty: Black Ops 7 marca o retorno da série em um novo cenário futurista, trazendo mudanças na movimentação, mapas inéditos e o clássico modo Zombies de volta à ação. O beta antecipado permitiu que jogadores testassem o novo sistema de omnimovement, experimentassem os primeiros modos multiplayer e tivessem um vislumbre do que a Treyarch prepara para o lançamento oficial. Com foco em combates mais dinâmicos, personalização ampliada e progressão integrada entre modos, o jogo busca consolidar a nova fase da franquia.

A jogabilidade corre em 2x — e isso cobra um preço
A mobilidade avançada domina tudo: deslize, pulo em parede, wall-jump… em sequência. Na prática, o ritmo lembra vídeo em 2x.
Isso gera dois efeitos claros:
- Para casual: frustração e fadiga mental em poucas partidas; é difícil “respirar” e planejar jogada.
- Para tryhard: o teto de habilidade sobe, mas o TTK baixo reduz o payoff da mobilidade — muitas vezes quem atira primeiro resolve.
Não é só questão de “ficar velho para CoD”; é o game pedindo atenção constante a cada frame. Eu saí cansado.

Sabor de BO6 com skin nova
O “novo” parece vir mais da velocidade e dos truques de movimento do que de uma visão de design.
Sensação de:
- Mesma espinha dorsal do BO6, com polimento e incrementos.
- Temática futurista sem impacto real no meta; o flow do combate continua igual — só mais frenético.
- Progressão inflada: níveis em scorestreaks, skins em todo canto e grind por todos os lados. Fica a impressão de “conteúdo que estica o tempo jogado” em vez de variedade significativa.

Mapas mais amplos ajudam… mas não salvam
Mapas maiores aliviam um pouco o sufoco do BO6 (menos choke point instantâneo). Ainda assim, o design favorece o rush infinito: rotas múltiplas, ângulos demais, ação a cada segundo.
Quando funciona, fica divertido. Quando não, vira roleta de respawns e trocas instantâneas.

O elefante na sala: fadiga de franquia
Dá para sentir no ar: cansaço. A cada edição, o marketing promete revolução; no pad, recebemos iterações. BO7 melhora pontos do BO6, mas não reimagina nada.
A comparação com o concorrente direto (que chega em outubro) é inevitável — e, honestamente, muita gente já decidiu onde vai colocar as horas neste fim de ano.
Minha opinião
- Se você amou o BO6, vai encontrar um BO6 mais rápido, mais barulhento e com mais grind.
- Se o BO6 te cansou, BO7 dificilmente vai reconquistar você no multiplayer.
Eu queria um CoD que me prendesse pela identidade, não só pelo ritmo. No estado atual, Black Ops 7 ainda parece um produto que aposta alto em mobilidade e retenção — e pouco em reinvenção.
Joguei o acesso antecipado de Call of Duty: Black Ops 7 esperando ver uma evolução da franquia — mas o que encontrei foi um jogo que corre mais rápido do que avança. A Activision promete o futuro da série, mas o resultado parece um remix apressado de ideias antigas: o mesmo ritmo frenético, os mesmos deslizes intermináveis, as mesmas kills em milissegundos.
O multiplayer até empolga nos primeiros minutos, com a nova movimentação e o visual mais futurista, mas logo vem a sensação de déjà vu. É Black Ops 6 com uma dose extra de cafeína. Há brilho técnico e polimento, sim, mas falta alma. Falta aquele fator que te prende pela emoção — não apenas pela velocidade.
O modo Zombies talvez ainda tagra um fôlego quando lançado, e os mapas maiores trazem algum respiro, mas no geral, Black Ops 7 parece mais preocupado em manter o ciclo anual vivo do que em reinventar o que fez o nome da série.
Pontos positivos e negativos
Positivos
- Zombies com potencial para ser o destaque do pacote ao lançar.
- Mapas um pouco mais amplos aliviam a claustrofobia do BO6.
- Mobilidade responsiva (para quem gosta do estilo).
Negativos
- Sensação forte de “BO6.5” (pouca novidade estrutural).
- Velocidade excessiva cansa e afasta jogadores casuais.
- Grind por todos os lados (skins, níveis, streaks).
- TTK baixo reduz payoff da skill de movimento.
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