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Final Fantasy VII Rebirth se tornou um dos jogos mais aguardados dos últimos tempos, principalmente entre os fãs do jogo principal. Como existem tantas expectativas em cima, é difícil acreditar que o jogo conseguiria superá-las, mas e se eu te disser que ele fez isso e ainda foi além? Pois é.
O primeiro jogo do Remake termina com nossos heróis encontrando os céus azuis fora de Midgar. Depois de uma batalha contra Sephiroth, o grupo entende quais os planos do vilão. Entretanto, a situação não é fácil, já que eles também precisam lidar com a Shinra e com o fato de serem procurados no mundo inteiro.
Assim como acontece com um amigo que você não vê há algum tempo, Final Fantasy VII Rebirth traz o sentimento de familiaridade, a sensação de resgate, de se reunir novamente com alguém que você gosta. Não à toa que a essência do jogo gira em torno dos elos, relacionamentos entre os personagens e também do relacionamento do jogador com a história desta franquia.
Cada detalhe de Rebirth te diz exatamente que aquele é o Final Fantasy VII que você conhece, mas que, ainda assim, você quer que ele mude, afinal, quem não quer um destino diferente para uma história que você já conhece o final?
Tanto na narrativa quanto nas mecânicas de jogo, a sequência quer te lembrar do quão importante é ter elos, algo que também fica claro nos diálogos. Mas não se engane, ainda assim, você testemunhará reviravoltas que te deixarão surpreso, alguns momentos te arrancarão lágrimas e outros te farão sorrir. Rebirth é isso, um carrossel de emoções que continua a girar continuamente em sua mente.
Um dos grandes pontos positivos deste jogo está na forma como ele consegue provocar empatia por personagens que você controla, enquanto assiste cada um deles seguindo para o destino inevitável que os aguarda. Rebirth tira vantagem da interação entre os personagens para te deixar imerso na história e conflitos do seu elenco.
O jogo mistura a intensidade destes sentimentos com uma história fantástica, que consegue equilibrar muito bem o drama, situações relaxantes e também o humor com os momentos mais sombrios do jogo. Sim, nem só de tristeza e melancolia vive Cloud e sua trupe.
Devo também apontar todo o detalhe e beleza do jogo no PlayStation 5, cada região tem uma excelente diversidade visual e suas cidades são cheias de atividades e muito mais recompensadoras do que os mapas do jogo anterior, deixando tudo mais vivo.
Por falar nisso, também temos toda a exploração existente no jogo que é incentivada através da presença de missões e de alguns personagens. O grande problema deste mundo aberto está em como tudo isso está ligado ao uso de torres para descobrir novos objetivos e te colocar na busca da próxima. Isso faz com que o senso de exploração, relacionando com o de descoberta e recompensa não compense tanto. Ainda assim, é um pequeno problema num mar de acertos.
Embora o combate não traga grandes inovações, temos um nível totalmente novo de customização - os personagens agora podem adquirir novos bônus, status e até mesmo habilidades através dos pontos adquiridos enquanto ganham níveis ou encontram folios. O potencial de customização vai além com a inclusão de novos tipos de Materia.
Para contar com mais um ponto positivo, temos também uma boa quantidade de minigames, dúzias, com o grande destaque para Queen's Blood, um jogo de carta estratégico que pode muito bem se tornar um spinoff futuro da franquia. É um jogo extremamente intuitivo e fácil de entender, mas que requer muita prática, estratégia e pensamento para garantir a vitória.
No fim, FFVII Rebirth é um jogo recheado de novidades, com um grande coração e, principalmente, com muita alma. Como disse no primeiro parágrafo, estamos diante de um jogo que levantou muitas expectativas, mas que conseguiu superá-las facilmente em todos os sentidos.
- Desenvolvedora: Square Enix
- Publisher: Square Enix
- Plataformas: PlayStation 5
- Review feito no: PlayStation 5
- Supera todas as expectativas
- Minigames sensacionais
- Um jogo com coração e alma
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